O novo coronavírus atingiu o Brasil na transição de fevereiro para março do ano de 2020. Com o vírus em circulação, medidas restritivas de circulação de pessoas, a fim de conter a disseminação dele, foram instituídas pelo país.
No entanto, a chegada da doença também impactou a economia e afetou fortemente as empresas do setor de serviços, como restaurantes, bares, academias, entre outras que tiveram que paralisar as suas atividades.
Esse cenário caótico fez com que empreendedores repensassem não só nos seus modelos de negócio, mas também na busca de um relacionamento mais cuidadoso com seus colaboradores.
Um exemplo disso está na empresa Uber que, segundo a revista Valor Econômico, anunciou um investimento de R$ 50 milhões de reais em “assistência financeira e de saúde a parceiros durante a pandemia”, conforme a matéria.
Além disso, medidas de segurança foram observadas na maioria dos estabelecimentos comerciais, como os do setor varejista, com a instalação de álcool em gel nas dependências e medidores de temperatura nas entradas dos comércios.
E, para facilitar o distanciamento de funcionários num ambiente mais fechado, houve a inclusão do sistema home office, principalmente em setores mais estratégicos de uma empresa.
Nessa perspectiva, o gestor necessita ser transparente com seus colaboradores, o que transmitirá mais confiança a eles para continuarem produzindo mesmo num momento adverso como o da pandemia.
Essa característica, com certeza, está nos fundamentos de gestão de pessoas, essencial nesse momento de isolamento social e pouco contato físico.
Dessa forma, neste artigo, você entenderá melhor como as empresas de grande e médio porte estão cuidando de seus colaboradores durante a pandemia do novo coronavírus. Venha saber mais!
Medidas para evitar o coronavírus no trabalho
Segundo documento do Ministério da Economia, proveniente da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, as orientações servem tanto para empreendedores quanto para funcionários. Nele, as que mais se destacam são:
- A Criação de um protocolo “para identificação e encaminhamento de trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus antes de ingressar no ambiente de trabalho”;
- O estabelecimento formas de comunicação para os funcionários sobre as formas de contágio, suas medidas preventivas e sobre a importância da higienização das mãos, com a instalação de álcool em gel 70% nas dependências;
- O estabelecimento de medidas de distanciamento social entre funcionários e a orientação para que ninguém toque a boca, nariz e olhos com as mãos;
- Evitar o alto fluxo de pessoas, através de “medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, evitando concentrá-la em um turno só”, além de sugerir o uso de agendamentos a clientes ao longo do dia;
- A higienização constante das dependências;
- Um cuidado especial a quem for do grupo de risco, no caso, pessoas acima de 60 anos ou com “comorbidades de risco”, segundo o documento, sugerindo a estas o trabalho sob regime remoto, ou o que chamamos de home office.
Qual é o posicionamento das grandes marcas no mundo?
Segundo matéria do site Infomoney, em matéria do início de março de 2020, empresas como Facebook, Amazon, Twitter, Google, L’Óreal e Nestlé cancelaram suas viagens internacionais, as substituindo por conferências digitais.
“A saúde e o bem-estar dos parceiros, clientes, funcionários e da comunidade em geral do Google Cloud é nossa principal prioridade. Devido à crescente preocupação com o coronavírus (COVID-19) e em alinhamento com as melhores práticas estabelecidas pelo CDC, OMS e outras entidades relevantes”, justificou a empresa Google sobre o cancelamento da conferência da Google Cloud Next, que ocorreria em São Francisco.
Conforme a mesma Infomoney, o Facebook justificou o cancelamento do F8, conferência anual de desenvolvedores: “Diante das crescentes preocupações em torno da Covid-19, tomamos a difícil decisão de cancelar a conferência este ano, a fim de priorizar a saúde e a segurança de nossos parceiros desenvolvedores, funcionários e todos que ajudam a colocar o F8 em pé”.
O que dizem as empresas brasileiras?
Além disso, um levantamento feito pela Rede Brasil do Pacto Global em parceria com a Edelman, entre dois a nove de abril de 2020, com 86 empresas na pesquisa, revela importantes dados que corroboram uma visão protetiva e cuidadosa com os colaboradores. Os participantes dela disseram que:
- 87% deles “concordam que as empresas são responsáveis pelo bem-estar físico e financeiro de seus colaboradores mesmo que elas enfrentem problemas financeiros durante a pandemia”;
- 72% deles “afirmam ter políticas para manter os empregos”;
Esses dados da pesquisa da Edelman reforçam ainda mais que o posicionamento das empresas no Brasil, na sua grande maioria, não foi muito diferente das citadas na reportagem da InfoMoney.
Mas, na prática, isso acontece?
O cuidado com os funcionários pode ser percebido mais concretamente por esta matéria do G1: “Com pandemia de covid-19, ações de segurança do trabalho ganham destaque nas empresas”, publicada em agosto de 2020, na qual revela um esforço maior das empresas comerciais e industriais em trazer especialistas da área de segurança do trabalho para melhor orientar os funcionários delas.
O depoimento de Dina Mara Martins, técnica em segurança do trabalho, à reportagem do G1 evidencia esse cuidado, com um tom mais específico em relação ao espaço de trabalho.
Segundo Dina, uma equipe de profissionais da segurança do trabalho realiza o treinamento nas empresas, passando informações necessárias e precisas para o uso correto dos EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva). “Dependendo do local o profissional não pode fazer uso do álcool”, ressalta a técnica.
Além disso, conforme a reportagem, Flávio Bolsoni, coordenador de segurança do trabalho da Firjan Sesi, foi ajudante na construção de um plano de segurança rigoroso numa fábrica de bebidas, da cidade de Resende, no Rio de Janeiro. Ele destaca a produção de protocolos de medição de temperatura e melhor higienização das mãos.
“Nos concentramos na gestão de risco e em manter um ambiente seguro e saudável para os colaboradores”, ressalta o técnico.
Achei que a introdução, mesmo grande, era importante para contextualizar o artigo. Qualquer coisa me avise que eu corto.