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Em um comunicado na segunda-feira, a chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, disse estar horrorizada com as imagens de pessoas mortas nas ruas e em túmulos improvisados.
“Os relatórios que emergem desta e de outras áreas levantam questões sérias e perturbadoras sobre possíveis crimes de guerra, graves violações do direito internacional humanitário e graves violações do direito internacional dos direitos humanos”, ela disse.
Preservar todas as evidências
A Sra. Bachelet pediu que todos os corpos sejam exumados e identificados para que as famílias das vítimas possam ser informadas e as causas exatas da morte estabelecidas. Ela acrescentou que todas as medidas também devem ser tomadas para preservar as evidências.
“É vital que todos os esforços sejam feitos para garantir que haja investigações independentes e eficazes sobre o que aconteceu em Bucha, para garantir verdade, justiça e responsabilidade, bem como reparações e remédios para as vítimas e suas famílias”, disse ela.
A ONU na Ucrânia também se juntou ao apelo do secretário-geral para uma investigação sobre o que aconteceu em Bucha.
Monitores de direitos a caminho
Osnat Lubrani, Coordenador Humanitário da ONU na Ucrânia, destacou a terrível violência contra civis na cidade e em outras duas áreas próximas à capital, Irpin e Hostomel, bem como em outras partes do país.
É essencial que todos os relatos de violência contra civis sejam verificados de forma independente, disse ela, e a Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia está tentando visitar esses locais sem demora.
Uma investigação independente é fundamental para determinar a extensão desses crimes e garantir que os perpetradores sejam responsabilizados, acrescentou.
Ucranianos pegos ‘no inferno’
A Sra. Lubrani lembrou que para os Estados Membros da ONU, a proteção dos civis é a “base” de seus compromissos com as pessoas em todo o mundo e, em tempos de guerra, eles estão ainda mais vinculados aos compromissos acordados sob as Convenções de Genebra.
“Continuaremos a monitorar e relatar de perto os ataques a escolas, hospitais, trabalhadores médicos e outras infraestruturas civis, o uso de armas pesadas em áreas residenciais e a negação do acesso humanitário”, disse ela, falando em nome da ONU. na Ucrânia.
A população do país “está enfrentando o inferno da guerra há mais de um mês”, e a ONU pediu pausas humanitárias para que os civis possam sair em segurança e os trabalhadores humanitários possam entregar suprimentos de socorro que salvam vidas.
“Continuamos a pedir um cessar-fogo e paz na Ucrânia”, disse a Sra. Lubrani. “Sabemos que as palavras por si só não podem confortar a perda de entes queridos ou substituir a ação. Esta guerra mortal precisa parar: essa é a única maneira de acabar com essa perda inútil de vidas e sofrimento.”
Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, as agências e parceiros da ONU já alcançaram mais de 1,4 milhão de pessoas com assistência crítica.
Um apelo humanitário de US$ 1,1 bilhão para apoiar as pessoas no país, lançado no mês passado, é pouco mais da metade financiado.
‘Chefe de socorro’ em Moscou
O coordenador humanitário da ONU, Martin Griffiths, viajou a Moscou no fim de semana e realizou várias reuniões de alto nível com funcionários do governo russo, incluindo o ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov, bem como o vice-ministro das Relações Exteriores e o ministro da Defesa do país.
As reuniões do chefe de ajuda da ONU estão ocorrendo para explorar os possíveis acordos e arranjos para um cessar-fogo humanitário.
O Sr. Griffiths irá informar o Conselho de Segurança em Nova York na terça-feira, juntamente com o secretário-geral António Guterres e a chefe do Departamento de Assuntos Políticos da ONU, Rosemary DiCarlo.
Ele então espera viajar para a Ucrânia, de acordo com o porta-voz adjunto da ONU, informando os correspondentes em Nova York.
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