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O consulado dos EUA estava fechado desde 2017 após supostos “ataques sônicos”. (Foto do arquivo)
Havana:
O consulado dos Estados Unidos, fechado desde 2017 após supostos “ataques sônicos” contra funcionários diplomáticos, retomará um serviço limitado de emissão de vistos, informou sua embaixada em Havana nesta quinta-feira.
Washington reduziu a missão dos EUA ao mínimo cinco anos atrás, quando o então presidente Donald Trump acusou Havana de realizar “ataques sônicos” contra funcionários da embaixada.
O pessoal dos EUA e suas famílias sofriam de doenças misteriosas posteriormente conhecidas como “Síndrome de Havana”. Incidentes semelhantes ocorreram mais tarde em outras embaixadas ao redor do mundo.
Um relatório do governo dos EUA em 2020 disse que as doenças provavelmente foram causadas por “energia de radiofrequência (RF) pulsada e direcionada”.
O consulado “começará a retomada limitada de alguns serviços de vistos de imigrantes, como parte de uma expansão gradual das funções da embaixada”, disse Timothy Zuniga-Brown, encarregado de negócios da missão diplomática dos EUA em Havana.
O fechamento do consulado foi um grande golpe para os cubanos que desejam emigrar para os EUA, pois os obrigou a enfrentar vários obstáculos, entre eles serem obrigados a viajar para a Colômbia ou a Guiana para apresentar um pedido.
“Tem muita gente que quer sair que pega um barco para ir até lá (para os EUA) ou por um terceiro país”, disse o pensionista cubano Felipe Mesa, 75.
Zuniga-Brown disse que o consulado só agendará consultas com pessoas que já tenham apresentado documentos completos. Durante o período de transição, a maioria dos pedidos ainda terá que ser feita na capital da Guiana, Georgetown.
O serviço consular também fornecerá serviços essenciais a cidadãos norte-americanos e vistos de emergência para não-imigrantes, acrescentou.
– Sem aquecimento das relações –
De acordo com os acordos de imigração existentes, os EUA devem autorizar 20.000 vistos de imigrantes por ano para cubanos.
Com Cuba sofrendo sua pior crise econômica em 30 anos devido à pandemia de coronavírus, a maioria dos cubanos que esperam emigrar para os EUA optou por fazê-lo pela perigosa rota da América Central, onde os migrantes enfrentam a exploração por traficantes de pessoas.
“Os serviços de vistos para migrantes são um caminho seguro e legal para o reagrupamento familiar”, disse Zuniga-Brown, referindo-se às famílias divididas entre os dois países.
O cientista político Rafael Hernandez diz que o fracasso dos EUA em honrar o acordo de migração levou a “uma espécie de Mariel silenciosa”, em referência ao êxodo em massa de cerca de 125.000 cubanos para os EUA em 1980.
Ele disse que o número de cubanos indocumentados nos EUA aumentou de 21.000 em 2019 para 40.000 um ano depois.
A redução do pessoal diplomático dos EUA em Cuba refletiu o aumento das tensões entre os dois países depois que Trump sucedeu Barack Obama na Casa Branca.
Trump pôs fim à melhoria do relacionamento que havia visto Obama aprovar o restabelecimento das relações diplomáticas bilaterais em 2015.
Muitos cubanos esperavam que a eleição de Joe Biden – ex-vice-presidente de Obama – melhorasse as coisas, mas em vão.
Este movimento “de forma alguma representa uma continuidade da política de Obama”, disse Hernandez, mas sim uma “reversão das atrocidades cometidas” por Trump.
Michael Shifter, presidente do think tank Inter-American Dialogue, concordou.
“Seria um erro interpretá-lo como o início de uma abertura significativa para a ilha”, disse ele.
Com as eleições de meio de mandato dos EUA marcadas para novembro, “é difícil imaginar que haveria outras mudanças” na atual política de Washington em relação a Cuba, disse Shifter.
Os Estados Unidos têm criticado regularmente os líderes do partido comunista de Cuba pela prisão e condenação de manifestantes antigovernamentais que saíram às ruas em manifestações sem precedentes em julho passado.
(Exceto pela manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed sindicado.)
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