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Izumi Nakamitsu, Alto Representante para Assuntos de Desarmamento, falou em uma reunião de emergência convocada por Moscou em meio à invasão contínua da vizinha Ucrânia, após a circulação de novos documentos por essa delegação que, segundo ela, respaldam suas reivindicações.
O Conselho debateu pela última vez a questão dos alegados materiais biológicos na Ucrânia numa reunião de 11 de março.
Acordo Estados Unidos-Ucrânia
O embaixador russo, Vassily Nebenzia, disse ao Conselho que sua delegação está de posse de novas evidências de um acordo entre Estados Unidos e Ucrânia para realizar pesquisas de armas biológicas em território ucraniano, datado de 2005.
Ele circulou provas desse acordo ao Conselho, disse ele, incluindo evidências assinadas de financiamento direto dos EUA para a Ucrânia, no valor de US$ 32 milhões.
Enquanto os EUA continuam afirmando que o país não opera em nenhum laboratório biológico na Ucrânia, “os fatos mostram o contrário”, disse ele, alegando que as autoridades ucranianas de fato deram aos EUA permissão para realizar experimentos perigosos em troca de viagens gratuitas para conferências internacionais.
As evidências de hoje apontam para estudos realizados sobre a febre da Crimeia-Congo, leptospirose e outros patógenos perigosos, disse ele.
Ele também citou provas de estudos sobre como essas doenças podem passar de morcegos para humanos, acrescentando que o uso de armas biológicas pode ser “facilmente disfarçado de ocorrência natural”.
‘Teorias da conspiração bizarras’
Respondendo a essas alegações, a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, lembrou que o Conselho já ouviu um “discurso de teorias da conspiração bizarras” sobre armas biológicas em sua reunião há uma semana.
“Não existem tais laboratórios, nem perto da fronteira com a Rússia, nem em lugar nenhum”, disse ela.
Em vez disso, a Ucrânia abriga várias instalações de saúde pública, orgulhosamente apoiadas pelos Estados Unidos, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros governos e instituições internacionais.
Ela expressou profunda preocupação de que a reunião de sexta-feira possa representar um “potencial esforço de bandeira falsa em ação”, alertando para a possibilidade de Moscou estar planejando usar agentes químicos ou biológicos contra os ucranianos.
Descrevendo as novas alegações como um sinal de desespero, ela declarou: “Esta reunião é resultado de [Russia’s] isolamento neste Conselho e no cenário mundial”.
Convenção de Armas Biológicas
Reiterando sua resposta a alegações semelhantes levantadas em 11 de março, a Alta Representante Nakamitsu enfatizou que a ONU não tem mandato nem capacidade para investigar tais alegações, que estão sob os auspícios da Convenção de Armas Biológicas de 1972.
O tratado – do qual a Ucrânia e a Federação Russa são partes – proíbe efetivamente o desenvolvimento, produção, aquisição, transferência, armazenamento e uso de armas biológicas e tóxicas.
Tendo como pano de fundo as últimas alegações, ela delineou vários cursos de ação possíveis para a resolução de conflitos interestatais sob essa Convenção, que incluem a possível convocação de uma reunião consultiva.
“O Escritório da ONU para Assuntos de Desarmamento está pronto para apoiar quaisquer procedimentos sob a Convenção sobre Armas Biológicas que os Estados Partes possam decidir usar”, disse ela.
Atualização em usinas nucleares
Voltando à questão da segurança das instalações de energia nuclear da Ucrânia, o chefe do desarmamento disse que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que, de acordo com as autoridades ucranianas, todos os sistemas de segurança na usina nuclear de Zaporizhzhya permaneceram totalmente funcionais em 17 Março.
Enquanto funcionários da empresa estatal de energia nuclear da Federação Russa estavam presentes nas instalações no sul da Ucrânia, a equipe ucraniana continua operando a usina.
Enquanto isso, a usina de Chornobyl permanece conectada à rede elétrica nacional, após a reconexão em 14 de março.
No entanto, a Sra. Nakamitsu levantou preocupações de que os operadores e guardas ucranianos não tenham conseguido fazer rodízio por três semanas, e a AIEA ainda não esteja recebendo transmissão remota de dados de seus sistemas de monitoramento instalados em Chornobyl.
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