Transação perdeu importância para os brasileiros, após o surgimento do PIX, que é instantâneo e gratuito
No início de 2023, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que os bancos deverão deixar de oferecer o Documento de Ordem de Crédito, popularmente conhecido como DOC, aos seus clientes — tanto para pessoa física, quanto para pessoa jurídica.
Atualmente, duas das cinco instituições financeiras do país, o Itaú e o Santander, já não contam com esse serviço na carteira de produtos para os seus clientes. No entanto, outras instituições que também oferecem esse tipo de operação, já comunicaram seus usuários sobre o fim do DOC.
Quando será o fim do DOC?
A data limite para o fim deste tipo de transação é o dia 15 de janeiro de 2024, às 22 horas. No entanto, documentos emitidos até essa data poderão ser agendados com o prazo de liquidação até o dia 29 de fevereiro, quando ocorrerá de fato o encerramento do sistema.
Mas por que este serviço deixará de ser oferecido? Quais outras alternativas poderão ser utilizadas? Continue este artigo e confira mais sobre o assunto.
Afinal, o que é o DOC?
Criado em 1985, pelo Banco Central, o DOC permite realizar a transferência de fundos de uma conta para outra, seja ela do mesmo titular ou não e sendo da mesma instituição ou não.
O limite dessa transação é de R$ 4.999,99 e o valor da transferência fica disponível para o beneficiário apenas no dia seguinte, independentemente do horário em que é realizada. Vale lembrar, que caso a transferência seja feita após as 21h59, o período em que o valor pode ser sacado é ainda maior, diferentemente da Transação Eletrônica Disponível, popularmente conhecida como TED, que cai no mesmo dia, caso seja realizada até as 16h59.
Por que o DOC deixará de existir?
Podemos resumir a descontinuação do DOC com apenas uma explicação.
Um dos termos mais buscados na internet é “quanto tempo leva para cair um doc”. Sendo assim, podemos afirmar que o fim do DOC se dá devido à sua falta de agilidade e pelo advento de soluções mais práticas, como o PIX.
Vale lembrar também, que o DOC é uma operação que cobra taxas de quem faz este tipo de transação.
Levantamentos indicam que as transações via DOC perderam o interesse da população com o surgimento do PIX. Em 2022, mais de 23 bilhões de transações via PIX foram realizadas pelos brasileiro, enquanto as operações via DOC somam apenas 59 milhões.
Segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, com o surgimento do Pix e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito e instantâneo.
O que esperar das transações financeiras em 2024?
Que o PIX já faz parte do dia a dia dos brasileiros não é segredo para ninguém. E é ele que deve dominar o ranking de transações pelos próximos anos, até o surgimento de alguma outra alternativa mais prática ainda!
Apesar de muito se cogitar, não há nada programado ou nenhum comunicado oficial sobre o fim da TED, uma vez que esse tipo de transação ainda é muito utilizado.
O que sabemos é que cada vez mais, o brasileiro se preocupa com a educação e a saúde financeira, não é a toa que o número de brasileiros que hoje fazem a sua reserva de emergência investindo em ações de grandes empresas como a Suzano e a Magalu, ou em ETF’s como o IVBB11, BBOI11 ou o NDIV11.
Sendo assim, podemos esperar que com o passar do tempo, grandes instituições financeiras — do Brasil e do mundo — se esforcem para oferecer soluções mais práticas e mais lucrativas para seus clientes.