Pesquisadores de Cambridge desenvolvem tecnologia inovadora que transforma luz solar, CO2 e água em biocombustível de alta densidade energética.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, desenvolveram uma tecnologia inovadora que permite a produção de etanol a partir de folhas artificiais, utilizando o processo de fotossíntese como inspiração.
Essa descoberta representa um avanço significativo no campo dos biocombustíveis, oferecendo uma alternativa mais limpa e renovável para alimentar motores de veículos a combustão.
A equipe de cientistas, liderada pelo professor Erwin Reisner, do Departamento de Química de Yusuf Hamied,utilizou a luz solar, o dióxido de carbono (CO2) e a água para produzir etanol e propanol, compostos químicos complexos que podem ser utilizados como combustíveis líquidos. Essa abordagem, baseada em folhas artificiais autônomas, imita o processo natural de fotossíntese das plantas.
As folhas artificiais são projetadas com um catalisador à base de cobre e paládio, que permite a produção dos álcoois multicarbonados. Ao absorver a luz solar, o dispositivo converte o CO2 e a água em açúcar e oxigênio, de forma semelhante ao processo realizado pelas plantas.
Esse avanço tecnológico demonstra a capacidade de ir além da produção de compostos químicos simples, como o gás de síntese, e obter diretamente combustíveis líquidos práticos.O etanol produzido a partir desse método é considerado uma alternativa mais sustentável em comparação à gasolina, uma vez que é originado de fontes vegetais e, teoricamente, renovável.
Atualmente, os Estados Unidos são o maior produtor de bioetanol, representando cerca de 57% da produção mundial, seguidos pelo Brasil, responsável por 27,5% do total de 103.380 milhões de litros/ano do produto.
No entanto, a produção em larga escala de biocombustíveis tradicionais, como o etanol e o biodiesel, tem sido objeto de controvérsia, pois requer grandes áreas agrícolas que poderiam ser destinadas ao cultivo de alimentos.
A utilização de folhas artificiais para a produção de etanol apresenta vantagens significativas nesse aspecto, já que não requer o uso extensivo de terras agrícolas e pode contribuir para a preservação de florestas naturais.
Os pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, estão explorando novas possibilidades para o seguro de automóvel. Com os avanços tecnológicos e a disponibilidade de dados, é possível utilizar informações em tempo real para aprimorar os serviços de seguro.
Embora a produção em escala laboratorial seja um primeiro passo, os pesquisadores estão empenhados em otimizar o processo para uma produção industrial. A captação de luz solar e o catalisador utilizado estão sendo aprimorados, visando uma implementação eficiente e viável em larga escala.
Os combustíveis sintéticos, como o etanol e o propanol, produzidos a partir das folhas artificiais, são de alta densidade energética e renováveis. Além disso, não requerem preparação adicional para armazenamento ou utilização nos motores dos veículos. Essa tecnologia pode representar uma alternativa promissora para os motores de combustão interna, especialmente em um momento em que a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis está sendo intensificada.
No futuro, espera-se que a contínua inovação e aprimoramento dessas tecnologias permitam uma produção mais eficiente e econômica de combustíveis sintéticos, tornando-os uma opção acessível e ambientalmente amigável para o setor de transporte em todo o mundo.
Combinado com outras soluções sustentáveis, como o uso de transportes públicos, o incentivo ao uso de bicicletas e a promoção do compartilhamento de veículos, podemos avançar em direção a um futuro com menor dependência de combustíveis fósseis e um ambiente mais saudável para as gerações futuras.